| 18/08/2008 16h42min
O diretor geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, anunciou nesta segunda-feira que em 15 dias a corporação vai se adequar às normas impostas pela súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê o uso de algemas em casos excepcionais, e impõe punições ao agente policial que cometer abusos.
Corrêa se reuniu hoje com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para discutir o assunto.
— Vamos agora dentro das técnicas que se possam utilizar fazer um escalonamento para o necessário emprego da algema, observado a súmula — disse.
O diretor da PF disse que pediu aos agentes que façam a interpretação da súmula para decidir se é necessário algemar ou não o preso.
Visivelmente contrariado com a súmula do STF, Corrêa disse que é preciso conciliar a súmula com a segurança das operações.
— Isso (segurança das operações) significa a segurança do preso, a segurança policial e de terceiros — explicou.
"Toda polícia do mundo usa algema"
O
delegado lembrou que como norma, os policiais do Brasil e do mundo usam algemas em suas operações e que não há registros de incidentes entre presos, policiais e terceiros pelo uso de algemas.
— Toda polícia do mundo usa algema — argumentou.
Ele alertou, no entanto, que a falta de algemas pode colocar em risco a segurança de todos os envolvidos na operação.
A súmula do Supremo que restringe o uso de algemas foi aprovada na última quarta-feira. A medida determina que a autoridade policial terá de justificar por escrito o uso das algemas.
Tarso Genro não quis falar com a imprensa após a reunião. Com informações do site G1.
Corrêa alertou que a falta de algemas pode colocar em risco a segurança de todos os envolvidos na operação
Foto:
Wilson Dias, ABr